Divide a pizza em 12 que estou com fome

Casal A esperou 45 minutos pelo casal B em uma pizzaria (40 minutos após a hora combinada). Casal A já está acostumado com atrasos do casal B.

Como se nada tivesse acontecido, macho do casal A, educadamente, oferece o cardápio para que o casal B escolha o sabor da pizza. Fêmea do casal B, decidida, mesmo antes de consultar o menu, manifesta preferência pelo sabor Tomates Secos com Rúcula. Casal A concorda prontamente e estão prontos para fazer o pedido. Macho do casal B pergunta: “Tá, mas só um sabor? Quantos sabores dá pra pedir na pizza grande? Não são três? Não querem escolher outro? Escolham outro aí, vai!”. O macho do casal A diz que não; que concorda com o pedido da fêmea do outro casal. Macho do casal B insiste: “Mas eles fazem com três, vamos aproveitar!” Macho do casal A aconselha que ele, então, escolha um segundo sabor, mas percebe que ele não sabe o que quer; pensa, pensa e, mesmo sem desejar realmente outro sabor específico, define um queijo com alguma coisa. Ainda resmunga que dá para escolher um terceiro sabor, mas o macho do casal A apressa-se a chamar o garçom para acabar com o dilema de uma vez por todas e, tomando dianteira, ordena ao atendente: “Faz dois terços com ‘tomate seco’ e um terço com ‘queijo com alguma coisa’. O macho do casal B interrompe: “Não, faz meio a meio”.

São três pessoas que estão definidas que querem de tomate seco e nenhuma que quer o queijo com alguma coisa. Macho do casal A exalta-se, comportado e sorridente, e diz: “A parte que me cabe eu quero de tomate secos com rúcula”. Mas o macho do casal B não entende a ironia e interfere: “Não, traz meio a meio”.

O cara que inventou que uma só pizza poderia conter várias nunca imaginou que as pessoas se obrigariam a escolher mais de um sabor mesmo sem ter vontade. Tem quem peça tanto sabor na mesma pizza que fica gente na mesa sem conseguir comer mais que um. Vai entender.

Outubro Tá Aí

Este Brasil não merece a torcida e a lágrima de ninguém. Este Brasil é a síntese da incompetência de todo um país. Este Brasil é o Brasil que a si mesmo exalta e que na verdade não é o melhor do mundo na música, na dança, na criatividade. Este Brasil que se auto-intitula o melhor em tudo, não tem as paisagens mais lindas do mundo, não; não tem as mulheres mais lindas do mundo, não. Por que insistem em impor isso pra gente? Por que a mídia faz isso? Este Brasil é o Brasil fracassado, arrogante e ufanista. É o Brasil que se acha melhor do que os outros mas que de fato, pensando assim, só consegue ser o pior; o mais incompetente, preguiçoso e vagabundo. Enquanto não mudarmos nossa forma de pensar seremos sempre este paisinho de merda. Este Brasil não merece a torcida e a lágrima de ninguém. Perdemos, de novo, para a competência de uma nação na qual devemos nos espelhar. Eu só não vou sair com a minha camiseta da França na segunda-feira, porque eu tô torcendo para o eficaz Felipão e seu Portugal. Parabéns ao Lúcio, pela sua eficiência e jogo limpo.

Conte Até Dez

Conte até dez:

– quando te fazem esperar;
– quando deixam uma meia fatia de queijo no pote;
– quando deixam meio pacote de miojo no armário;
– quando deixam metade de um paozinho de 50g no saco;
– quando os assuntos são sempre os mesmos, como sobre o tempo;
– quando não respeitam as suas coisas;
– quando não prestam atenção no que você fala;
– quando fingem prestar atenção no que você fala;
– quando não captam o real significado daquilo que você fala, entendendo outra coisa totalemente imbecil e superficial, mas concordando com ela tão veementemente que você fica constrangido só pela possibilidade de que tenham imaginado que esse segundo significado possa ter sido sua real intenção;
– quando não te deixam falar;
– com pessoas que se assustam por qualquer coisa dando pulos e te assustando mais do que o fato em si;
– quando não enroscam ou não prendem firmemente a tampa de algum recipiente, tornando a embalagem apta a despencar de sua mão no momento que agarrá-la;
– quando um convidado vai a sua casa e passa o tempo todo falando mal das suas coisas, seus gostos e seus hábitos, no mesmo momento em que você, reciprocamente, tem tanta coisa para ser dita mas, por educação, não diz nada;
– quando não é você que está com o controle remoto;
– quando pessoas usam resolução baixa no monitor, mesmo podendo usar maior;
– quando as pessoas não agem de acordo com o que dizem achar correto, justificando com um “não faço porque ninguém faz”.

Conte até mil.

A Vez do Zico

Tá certo que quando começarem os jogos do Brasil, provavelmente, irei pensar diferente. Mas eu não estou vendo graça no Brasil ganhar pela sexta vez uma Copa do Mundo. Eu gostaria de ver Togo ganhar, ou Portugal do Felipão. Melhor ainda, Japão do Zico. Zico é um cara muito pé-frio, coitado. Foi um grande jogador, mas nunca ganhou uma Copa. Jogou 3, fazendo parte, inclusive da melhor seleção do Brasil, a de 1982. Mas nem como assistente técnico, em 1998, ele deu sorte. E pior que já perdeu a primeira partida, contra a Austrália… Torço por ele. Ia ser legal vê-lo campeão do mundo. Zico merece.

Lig, lig, lig para o Burger

Comi 3 vezes do/no Lig Burger, – pra quem não sabe – o novo estabelecimento de lanches da cidade. Já provei um bauru de picanha, um hamburger duplo e um hamburger de provolone. Os dois primeiros, comprei para comer em casa. É ruim comer frio. Não faço mais. Mas deu pra perceber que o lance deles é, realmente, o hamburger, como o nome diz. Na minha opinião, nem deverim ter bauru. Não que seja ruim, mas o Circulus é melhor e mais “limpo”. ** Chamo de “limpo” o lanche que é sequinho, com pouca gordura; quando os ingredientes podem ser percebidos individualmente e não aquele molho gordo e homogêneo com um gosto só, encontrado em outros “trailers”. **

Já o hamburger deles é muito bom, feito com carne boa, apesar de eu achar que deveria ser mais temperado. Geralmente os restaurantes não gostam de temperar bem os pratos para não desagradar clientes mais sensíveis. Eu sou totalmente contra essa falta de personalidade – quando, realmente, é falta de personalidade. O ambiente é muito bonito e agradável, apesar de não ter muito a ver com “lanche”. Talvez a proposta tenha sido esta mesmo – fazer algo mais sofisticado para mostrar que lanche não precisa ser feio e coisa-de-guri-sem-dinheiro.

Os pedidos vêm em pratos quadrados, com apresentação excelente. Como todo restaurante que abre, ainda pecam em alguns quesitos de atendimento, como confusão em anotar o pedido, em entregar os pedidos… Mas isso aprimoram com o tempo. Quando fui lá pela segunda vez, para levar para casa, deixaram o meu pedido esfriando por 5 minutos em cima do balcão e só me entregaram porque eu desconfiei e perguntei. Depois, a garçonete não sabia se eu tinha pago ou não, mesmo eu mostrando o cupom. Quando cheguei em casa, não tinham colocado a batata frita que eu pedi e paguei. Só resolvi escrever este post depois que fui, pela terceira vez, para comer lá.

Fiquei impressionado com o investimento e com a quantidade de gente que trabalha ali. São 4 somente preparando os lanches; o dono e a dona (parece) que ficam no caixa e gerenciando; 3 garçonetes e, na cozinha, devia ter mais um ou 2. Ou seja, 11 pessoas para servir, sei lá, uns 30 lugares. Espero que tenham calculado corretamente os custos e que durem por muito tempo.

De modo geral, é uma ótima iniciativa, de grande qualidade que ainda precisa ser melhorada como todo novo negócio. Ao meu gosto, já saiu na frente do McDonald’s disparado. Acho até que a comparação é, no mínimo, grosseira.

O Código

O que esperar de um tema pop, em um livro pop, com repercussão extremamente pop, em uma adaptação hollywoodiana para o cinema? Pop, é claro. Eu sabia que veria o filme “O Código da Vinci” comparando o tempo inteiro com o livro. Todas as pessoas que leram – e não são poucas (cerca de 49 milhões até agora) – devem estar agindo da mesma forma. Levando isso em consideração, fiquei os 30 minutos iniciais do filme tentando esquecer que tinha lido sobre aquilo. Eu pretendia perceber o filme como um filme. Não sei se por este fato, a primeira metade me pareceu muito ruim. Entendi, então, por que o filme foi motivo de vaias e gargalhadas em sua estréia em Cannes. Todos os enigmas desvendados dentro do Louvre, no, digamos, primeiro ato, que, originalmente, levam mais de 10 capítulos para acontecer, não consomem mais do que 5 minutos de tela. No livro, já é uma baita apelação a história dos anagramas, imagine no filme. A minha próxima surpresa, foi o intervalo que o Capitólio fez depois de uma hora e 20 de projeção. Nunca eu tinha visto isso. Só quando fui ver uma sessão dupla de O Retorno de Jedi e O Império Contra-ataca, há mais de 15 anos. Claro que a pausa foi entre os dois filmes e não no meio de cada um. Quando a história dirigida por Ron Howard volta, tudo parece melhor. Cada fato acontece no seu tempo, apesar de uma certa correria ser inevitável para tentas teorias conspiratórias. A maioria delas precisou ser deixada de lado na adaptação. Aliás, adaptação bem fiel até, já que o próprio romance é bastante cinematográfico em si.

No final das contas, o filme ficou acima da média que eu esperava. Achei o fim do livro mais emocionante do que a forma escolhida para contá-lo na película.

Toda a grana disponibilizada em assessoria de imprensa e publicidade propriamente dita para aumentar a polêmica sobre o livro e o filme é claro que funcionou até para quem poderia estar à margem dos fatos. As ameaças da Igreja Católica em boicotar o projeto e as opiniões dos religiosos alimentaram ainda mais tudo isso. O que eu acredito é que o filme, mesmo cheio de teorias inventadas e, mesmo com grandes possibilidades de outras serem reais, acaba por ser de grande utilidade para a Igreja. Muita gente alheia à religião está sendo convidada a discutir sobre o assunto. Coisa que nenhuma escola católica ou mesmo outras ações da Igreja vêm conseguindo fazer com sucesso. A mensagem que o filme deixa, bem mais explicitamente do que o livro é que, às vezes, a fé é a única coisa que resta para as pessoas se agarrarem.

Mais do Mesmo

Eu falo isso sempre: algumas bandas não deveriam ser bandas, deveriam ser discos. Me refiro especificamente àquelas com estilo muito próprio, mas tão próprio, que suas músicas acabam sendo uma cópia delas mesmas e 90% se parecem iguais. É o caso das – apesar disso – excelentes Dave Matthews Band, Jamiroquai e, me dói muito dizer, Red Hot Chili Peppers. Sim, comprei o último disco deles, mesmo não tendo gostado muito dos dois anteriores. Fiz isso por um único motivo: li uma matéria em que Flea pedia encarecidamente que os fãs não baixassem seu disco “vazado” pela Internet, antes de mesmo de finalizado, pois eles não estariam ouvindo com a qualidade que a banda gostaria que tivesse o maior trabalho de suas vidas, que eles fizeram com todo amor do mundo, dedicando os últimos sel-lá-quantos meses de suas vidas; que eles ficariam muito tristes e magoados. Eu achei uma mensagem muito bonita, apesar de saber que poderia ser apenas mais um “golpe de marketing” sem coração. Stadium Arcadium é um disco duplo, com 28 músicas que mantêm a média que falei, onde mais de 90% é mera cópia da mesma coisa de sempre.

Acredito que as bandas acabam caindo na mesmice quando o arranjo se torna mais importante do que a canção. Isso acontece muito, e principalmente, com bandas cujo o processo de composição segue a seguinte ordem:

1º – arranjo e harmonia – um dos integrantes faz uma frase melódica instrumental, uma levada ou uma harmonia e os outros seguem atrás;
2º – melodia vocal – geralmente o vocalista começa a cantarolar alguma coisa, geralmente influenciado diretamente pela frase melódica principal do arranjo. Isso pode acabar criando uma estrutura pobre, onde a criatividade acaba ficando de fora do processo;
3º – letra – alguém coloca uma letra no troço.

Sei que muitas bandas compõem assim e obtêm resultados muitos bons, até ótimos, irrepreensíveis. Mas, na minha opinião, é preciso ter um talento bem maior para compor dessa forma. Eu acho também, sinceramente, que a música deve ser construída partindo-se de uma idéia artística inicial. Acho que ela tem mais valor assim. Antes de ser um produto de uma banda, a música tem que existir como canção, como mensagem a ser transmitida. É claro que isso só vale para o tipo de música que tem esta intenção. Se a intenção for dançar, andar de elevador, embalar uma rave cheia de gente drogada, se chutar ou ambientar um chá de senhoras de 65 anos, cada tipo de música terá uma forma diferente de ser composta.

Red Hot Chili Peppers deveria ser um disco. Tudo bem, um disco duplo, mas bem diferente deste último.

Eu falo isso sempre: algumas bandas não deveriam ser bandas, deveriam ser discos. Me refiro especificamente àquelas com estilo muito próprio, mas tão próprio, que suas músicas acabam sendo uma cópia delas mesmas e 90% se parecem iguais. É o caso das – apesar disso – excelentes Dave Matthews Band, Jamiroquai e, me dói muito dizer, Red Hot Chili Peppers. Sim, comprei o último disco deles, mesmo não tendo gostado muito dos dois anteriores. Fiz isso por um único motivo: li uma matéria em que Flea pedia encarecidamente que os fãs não baixassem seu disco “vazado” pela Internet, antes de mesmo de finalizado, pois eles não estariam ouvindo com a qualidade que a banda gostaria que tivesse o maior trabalho de suas vidas, que eles fizeram com todo amor do mundo, dedicando os últimos sel-lá-quantos meses de suas vidas; que eles ficariam muito tristes e magoados. Eu achei uma mensagem muito bonita, apesar de saber que poderia ser apenas mais um “golpe de marketing” sem coração. Stadium Arcadium é um disco duplo, com 28 músicas que mantêm a média que falei, onde mais de 90% é mera cópia da mesma coisa de sempre.
Acredito que as bandas acabam caindo na mesmice quando o arranjo se torna mais importante do que a canção. Isso acontece muito, e principalmente, com bandas cujo o processo de composição segue a seguinte ordem:

1º – arranjo e harmonia – um dos integrantes faz uma frase melódica instrumental, uma levada ou uma harmonia e os outros seguem atrás;
2º – melodia vocal – geralmente o vocalista começa a cantarolar alguma coisa, geralmente influenciado diretamente pela frase melódica principal do arranjo. Isso pode acabar criando uma estrutura pobre, onde a criatividade acaba ficando de fora do processo;
3º – letra – alguém coloca uma letra no troço.

Sei que muitas bandas compõem assim e obtêm resultados muitos bons, até ótimos, irrepreensíveis. Mas, na minha opinião, é preciso ter um talento bem maior para compor dessa forma. Eu acho também, sinceramente, que a música deve ser construída partindo-se de uma idéia artística inicial. Acho que ela tem mais valor assim. Antes de ser um produto de uma banda, a música tem que existir como canção, como mensagem a ser transmitida. É claro que isso só vale para o tipo de música que tem esta intenção. Se a intenção for dançar, andar de elevador, embalar uma rave cheia de gente drogada, se chutar ou ambientar um chá de senhoras de 65 anos, cada tipo de música terá uma forma diferente de ser composta.

Red Hot Chili Peppers deveria ser um disco. Tudo bem, um disco duplo, mas bem diferente deste último.

7 Comentados

Algumas semanas atrás eu publiquei a lista de discos que foram importantes em determinada fase da minha vida. Note que eu farei em setembro 32 anos, então a lista foi grande. Porém, fiz um grande esforço e escolhi 7 deles (foi dificil fazer isso) que representaram um pouco mais. Como, depois desse meu post, as pessoas se sentiram inspiradas a comentar de seus discos preferidos em seus blogs, me senti inspirado a escrever um pouco sobre esses 7 também – em ordem cronológica.


Kleiton & Kledir
Eu nem sabia o que era música. Mal sabia ler. Aprendi a ler em 1981 e o disco é desse ano. Mas, provavelmente, eu tenha começado a escutar ele em 1982. Quem tinha era a minha tia Beth. Íamos na casa dela e eu sempre colova esse disco para escutar e ficava lendo o encarte. 1982 foi um ano muito marcante para mim. Com 7 anos, acho que foi um dos anos que eu uso como marco temporal para relacionar as coisas. Talvez por eu estar começando a me entender como gente, talvez pela Copa do Mundo (a primeira de que me lembro) com a melhor Seleção Brasileira de todos os tempos. Bom, voltando ao disco, ele me cativou. Alguma irmã da dupla Ramil morava em frente à casa dessa minha tia e isso talvez tenha criado uma aura de fascinação a mais. Em alguns Natais ele apareciam por ali. Acho que tudo isso contribuiu. O fato é que as músicas são boas, o talento deles estava no ápice e eu não me cansei do álbum até hoje.


Blitz – As Aventuras da Blitz
Minha mãe me comprou (sei lá por quê – talvez porque eu tenha pedido, não lembro) o single em vinil de “Você Não Soube me Amar”. Tinha uma capa rosa com a letra atrás. De um lado tinha a música e do outro, tinha apenas Evandro Mesquita dizendo “Nada, nada, nada, nada…”. Depois disso, ganhei a fita do álbum completo. Considero-o como meu primeiro álbum de rock. Era genial e continua sendo pra mim. Não sei se pessoas mais novas teriam o mesmo entusiasmo que eu ainda tenho hoje quando escuto. Era extremamente criativo para a época. Duas músicas foram censuradas no lançamento e, no vinil, as duas últimas faixas do lado B estava riscadas; na fita o som era indecifrável. Depois, quando comprei o CD descobri que as tão misteriosas faixas eram as piores do disco e só fariam reduzir o impacto do lançamento se ali estivessem integralmente. Se não foi, funcionou como uma bela jogada de marketing.


Replicantes – Histórias de Sexo e Violência
Quando a música começou a ser relamente importante para mim, punk era só o que eu ouvia. Até porque, quem ouvia punk não podia ouvir nada mais. Essa era a lei. Este disco não foi o primeiro punk e nem o primeiro dos Replicantes a que fui apresentado, mas é um puta disco; daqueles perfeitos, em que nenhuma música é ruim. Na verdade, ele escapava por algumas vezes dos limites estabelecidos pelo punk. As letras eram mais livres, os climas invadiam outras praias. Mas não deixava de ser tosco, apesar de ser uma evolução de-água-para-vinho com relação ao anterior – “o Futuro é Vortex”.


Dire Straits – Money For Nothing
Quando eu parei de ouvir punk foi por culpa do Dire Straits. Imagina: eu vinha de um lance visceral e sem coração e me deparei com a música “Brother in Arms”. De repente, eu achei que eu tinha perdido alguns anos da minha vida e a música tomou uma dimensão diferente. Comecei com esta coletânea e depois fui descobrindo os outros discos deles. Mas nenhum era todo bom do começo ao fim, por isso este é o único caso de coletânea na minha história musical. Hoje, tirando alguma música ou outra, Dire Straits não me entra, mas teve sua época e importância.


Cafe Tacuba – Re
Ouvíamos isso no começo da agência. Todo dia, junto com Soda Stereo e Enanitos Verdes. A Gigi tinha os discos, provavelmente por influência do Jefferson e, eu, por influência dos dois :). Cada vez que escuto aqueles compassos mexicanos misturados com outros elementos me empolga muito. Tudo isso aliado a uma beleza melódica incrível e letras sensacionais. É um disco para sempre.


Weezer – Pinketon
O “Blue” já tinha me conquistado. Comprei, então, o tão esperado segundo disco do Weezer. À primeira audição, me pareceu muito barulhento, agressivo. Eu tive certa aversão e levei cerca de um mês para escutá-lo umas 4 (poucas) vezes. De repente aquilo tudo começou a fazer sentido. As letras e as melodias começaram a saltar pra frente e a barulheira compunha com elas um antagonismo mágico, que depois não era mais tão antagônico assim, passando para uma homogeneidade total. Eu tenho pena, pena mesmo, de quem não gosta de Weezer; de quem não gosta de Pinkerton. Eles não sentem o que eu sinto e o que eu sinto é sensacional!


Los Heramanos – Bloco do Eu Sozinho
Este foi o último grande disco da minha vida, até então. É o segundo deles. É o auge. Depois veio “Ventura”, com ótimas músicas também. Só que eles começaram a se achar compositores demais e vestiram a fantasia da MPB em “4”. Eu gosto mais do “Bloco…” porque tem rock e acho o rock o território perfeito para o desenrolar da arte, pois permite a pluralidade de estilos e sentimentos.