Instagram Pro

Eu fico de cara quando as pessoas falam que o Instagram é a rede da superficialidade. Eu gosto de fotografia, então, a rede é o Instagram. A superficialidade ou não está diretamente ligada às pessoas que tu segues e a tua sensibilidade ao assunto. Se não quer superficialidade, não siga essas pessoas e tua timeline será do jeito que desejas.

Agora, pensando que o Instagram é (ou nasceu prometendo ser) a “rede social de fotografia”, deixa muito a desejar a questão de valorização das imagens. Está na hora de surgir o Instagram Pro. Sim, porque se algum outro app como o que descreverei assim fosse inventado, Mark Zuckerberg o copiaria e o mataria em 60 dias. Com a denominação “Pro”, não intento que seja apenas para profissionais, mas que o app em si seja “pro” (ok, a gente pode pensar em outro nome. Quem sabe “Prata”, pelos sais de prata, hein? Acho que ninguém mais sabe o que é isso).

Com o Instagram Pro (ou Prata) você poderia:

— visualizar uma foto inteira por vez, e apenas ela, sem distrações;
— comentários e curtidas só apareceriam quando evocados;
— ver na horizontal ou vertical, de acordo com a orientação original da imagem;
— saber o modelo e marca da câmera usada em cada foto;
— ter seu perfil automaticamente catalogado com o de outros fotógrafos similares (claro que daria para editar manualmente isso);
— denunciar pessoas que estivessem sendo superficiais, ou deixar de segui-las (este item é só pra implicar).

:p

O Que Os Andróides Precisam Saber Sobre o Instagram

Houve alguns comentários negativos sobre o que escrevi abaixo. Resolvi redigir este intróito, pois parece que não me fiz entender. Quero deixar claro que o assunto não gira em torno do “tipo” de usuário de Android. Não é sua “índole” que está “bagunçando” o Instagram. O que acontece é o grande volume de novos usuários que se instaura — cerca de 2 mil por minuto, segundo noticiado. Antigamente, as pessoas iam aderiando naturalmente e quem gostava ficava, quem não gostava saía. Agora, parece que se abriu uma porteira que retinha uma multidão de famintos. O crescimento desordenado gera esse tipo de coisa. É óbvio também que não trato sobre uma disputa entre egos de usuários e suas marcas — Apple x Samsung; iOS x Android. Por favor, não coloquem palavras em minha boca.

Há poucos dias liberam a tão aguardada versão do Instagram para o sistema Android, até então, apenas disponível para os dispositivos Apple. A enxurrada de adesões foi tão instantânea quando o mote do aplicativo. São todos muito bem-vindos — como se eu estivesse avalizado para dar boas-vindas… Porém, é necessário que os novos usuários entendam algumas coisas sobre esta rede.

1. O INSTAGRAM NÃO É A CASA DA MÃE JOANA, OU SEJA, O TWITTER
Não se registre no aplicativo com o objetivo de ter o maior número de seguidores possível. Não trata-se de competição, mas de acompanhar os amigos (aqueles que realmente valem a pena), os ídolos e ver boas fotos (às vezes). Não comece a seguir adoidado pessoas que vocês nem conhece para que elas te sigam de volta. Só vai acontecer entre os novatos.

2. O INSTAGRAM NÃO É O FLICKR
Ontem, antes de dormir, aprovei o último novo amigo que acabara de estrear na rede. Quando acordei, hoje, tinha outro e uma nova mensagem daquelas “seu amigo fulano_de_tal ingressou no Instagram com o nome de ciclano_de_tal”. “Legal”, pensei. Fui seguir a criatura e já havia 209 fotos inseridas! Todas do cachorrinho da criatura! Meu filho, ainda bem que não comecei a te seguir ontem, ou teria 209 fotos para baixar no meu app, e inviabilizaria eu prestar atenção nas de outros amigos que realmente me interessam. Será que você já parou de subir sua fototeca? Espero, ou vou te limar.

3. O INSTAGRAM NÃO É O FACEBOOK
Já não há opção de compartilhar por causa disso. Seja comedido. Poste imagens que valham a pena. Mais do que cinco imagens por dia você está correndo risco de ser mal visto. De uma a três é o ideal.

O Instagram é discreto, casual, fino (ehehhe). Está em conformidade com a nova onda do unfollow — onde o menos é mais. Aliás, onde o menos é a única coisa possível de se dar atenção e valor. Eu não quero dizer que fiquei triste com a abertura do aplicativo para Android. Sou democrático. Mas serei obrigado fazê-lo caso essa tendência inicial se confirme. Será que erraram ao expandir suas fronteiras?