The Happening

Eu vi o novo filme do Shyamalan. “The Happening” (ou “Final dos Tempos”, como se chama no Brasil). É um filme quase trash – o que acaba que o deixa mais trash que um filme trash, pois, hoje em dia, ser trash é ser cult, agora ser semitrash é ruim, pois fica no meio do caminho.

Porém, a história é boa. Os efeitos, ou truques de cena, parecem terem saído de um filme de Hitchcock. A inspiração no mestre não pára por aí, pois há diversos comportamentos de personagens, planos e movimentos de câmera que remetem ao diretor de “Os Pássaros” – e mais, remetem ao próprio filme de 63. Talvez essa relação esteja ainda mais evidente ao lembrar das árvores balançando e do vento soprando, recursos bastante presente no filme das aves. A referência é clara. Talvez este seja o maior mérito do filme, que é conveniente assimilar para não sair dizendo “aos quatro-ventos” que o filme é ruim. Talvez você seja ruim. : ) Talvez o filme não seja bom pra você. Talvez seja o pior de Shyamalan. Talvez, talvez…

No momento em que o personagem principal desvenda, ou acha que desvendou as circunstâncias e variáveis pelas quais o acontecimento se dá, eu visualizei um final. Não vou entrar em detalhes para não contar o filme para quem não viu: imaginei o casal tendo que se separar para não morrer, mas preferindo ficar junto e sucumbir. Repito meu argumento do post abaixo: “por que o Shyama não me perguntou?”. Eheheh. Como eu sempre digo: o fato é que o filme não é feito só do final e este me prendeu totalmente enquanto eu o via. Não fiquei pensando depois como nos melhor do diretor (Sinais, A Vila e Sexto Sentido), mas valeu enquanto durou.

3 comentários em “The Happening”

  1. Shyamalan é um baita diretor, e como tu mesmo disse, o novo mestre do suspense. De sua filmografia, só não gosto de A Dama da Àgua – apesar de seu trabalho atrás das câmeras ser excelente. Fim dos Tempos tem problemas e deixou a desejar, mas ainda assim é um bom filme. Bem interessante a análise sobre mostrar ou não mostrar os aliens em Sinais. Agora, o diretor está pagando o preço da fama e com alguns deslizes, permanece merecendo todo crédito.

  2. Concordo com o Max. Já contigo, Cuca, eu não sei porque fiquei com medo de ler até o fim e estragar meu suspense quando for ver o filme. Mas mesmo sem ler o resto, arrisco que esta parte é a melhor: “É um filme quase trash – o que acaba que o deixa mais trash que um filme trash, pois, hoje em dia, ser trash é ser cult, agora ser semitrash é ruim, pois fica no meio do caminho.”. Bem nessas!

  3. Vi o filme e não curti muito. Sei lá, não consegui definir o gênero, pois tinha coisas de suspense, drama e até comédia… Não gostei e ponto. Talvez porque eu esperava mais, talvez porque essa histórica de fim do mundo já me cansou.

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