E se Lula ganhar no primeiro turno?

– Lula ganha no primeiro turno.
– Os militares tomam o poder.
– Metade da população, indignada com o resultado das eleições, apoia o golpe.
– Os movimentos sociais (como dos sem-terra) engrossam o confronto contra os militares.
– Os morros do Rio são invadidos pelo exército.
– Instaura-se uma guerra civil.
– Os norte-americanos mandam tropas, principalmente para a Amazônia, em nome da “paz” e da “democracia”.
– Venezuela e Bolívia colocam seus exércitos à disposição do Brasil, para defender a América do Sul.
– Inglaterra apóia Bush e manda soldados.
– Eles depõem o novo governo e montam um provisório.
– Milhares de vítimas inocentes são mortas em bombardeios “de precisão”.
– São convocadas novas eleições.

Pode ser a nossa salvação. Ehehe. Que horror. Nem brincando.

O Faustão Engordou?

Fico abismado como o mercado foi inundado pelas TVs de plasma. Os preços caem virtiginosamente e muita gente está se atirando. Todo mundo quer ter sua tela “fininha”. O que essas pessoas não sabem é que, mesmo sendo anunciado que os modelos são preparados para a TV digital (esses que vemos em ofertas atrativas a toda hora), na verdade, eles apenas têm o decodificador capaz de receber o sinal digital sem necessidade de um conversor (que será necessário para quem não fizer a troca de sua TV). A resolução oferecida por essas plasmas dos folhetos de ofertas é apenas a mesma de um disco de DVD. A TV digital e os futuros aparelhos Blue-ray e HD-DVD têm resoluções muito superiores a desses “equipamentos-xodó”. Existem, sim, as com maiores resoluções (full HD), só que custam mais do que o dobro do preço.

Mas as pessoas não querem nem saber. Assim como na época da TV em preto e branco, quando se colocava um acetato colorido na tela para simular uma transmissão em cores, os consumidores-banana achatam a imagem da transmissão atual para ajustar o 4×3 ao 16×9 do aparelho. O Faustão nunca esteve tão gordo. Essas TVs apresentam algumas formas de ajustar a imagem no nova tela: pode-se cortar as partes superior e inferior para que as laterais preencham toda extensão; pode-se deixar barras pretas em ambos os lados, de forma a não se perder nada; mas o Zé-plasma prefere tela cheia e achatada. Afinal, pagou caro pelas polegadas a mais e é preciso diluir o custo fixo. :)

Outubro Tá Aí

Este Brasil não merece a torcida e a lágrima de ninguém. Este Brasil é a síntese da incompetência de todo um país. Este Brasil é o Brasil que a si mesmo exalta e que na verdade não é o melhor do mundo na música, na dança, na criatividade. Este Brasil que se auto-intitula o melhor em tudo, não tem as paisagens mais lindas do mundo, não; não tem as mulheres mais lindas do mundo, não. Por que insistem em impor isso pra gente? Por que a mídia faz isso? Este Brasil é o Brasil fracassado, arrogante e ufanista. É o Brasil que se acha melhor do que os outros mas que de fato, pensando assim, só consegue ser o pior; o mais incompetente, preguiçoso e vagabundo. Enquanto não mudarmos nossa forma de pensar seremos sempre este paisinho de merda. Este Brasil não merece a torcida e a lágrima de ninguém. Perdemos, de novo, para a competência de uma nação na qual devemos nos espelhar. Eu só não vou sair com a minha camiseta da França na segunda-feira, porque eu tô torcendo para o eficaz Felipão e seu Portugal. Parabéns ao Lúcio, pela sua eficiência e jogo limpo.

Mais referendo

Só se fala isso no País e eu, devo confessar, não agüento mais o assunto. Esse referendo é ridículo e nenhum dos resultados vai resolver a situação da violência causada pelas armas de fogo. Mas minha posição continua sendo “NÃO”. recebi um e-mail bastante bem-humorado mas esclarecedor para algumas pessoas que colo aqui embaixo, mesmo com erros de português. A autoria é desconhecida.

MUDEI DE IDÉIA. AGORA É SIM!!!

Antes, eu tinha certeza de que ia votar no NÃO e ninguém ia me convencer do contrário. Mas o tempo foi passando, e depois que ouvi as propagandas no rádio e na TV os argumentos do SIM me convenceram. Vou votar SIM. Sabe por quê?

Vou dar 17 motivos:
1. Descobri que a chance de se sair bem ao reagir a um assalto é de uma em 288.345.774.324.500. As estatísticas provam que nos outros 288.345.774.324.499 casos, a vítima que reagiu morreu. Estes casos puderam ser provados pois fizeram parte de uma pesquisa encomendada pela NASA onde tudo estava sendo filmado e documentado para que valesse de prova.

2. Descobri que a arma legal é que alimenta os bandidos pois todas aquelas AR-15, AK-47, granadas e bazucas que os traficantes do Rio usam foram roubadas de cidadãos honestos que compraram as armas legalmente. Da minha casa mesmo, por exemplo ano passado me roubaram quatro mísseis stinger.

3. Descobri que todos os pais que têm armas de fogo costumam deixá-las carregadas e engatilhadas em cima do sofá da sala. Por isso que 94 milhões de crianças brasileiras morrem brincando com armas de fogo todos os anos.

4. Descobri que todos os assaltantes de casa têm superpoderes. Eles atravessam portas e paredes e se materializam imediatamente na sua frente e apontam uma arma para a sua cabeça enquanto você ainda está deitado, tornando impossível qualquer reação. Eles não perdem tempo fazendo barulho arrombando portas e grades.

5. Descobri que se eu vir ou ouvir algum bandido pulando a cerca e entrando no meu quintal, eu não vou conseguir afugentá-lo com um tiro para cima ou para o chão. Se ele ouvir o tiro, aí sim, é que ele vai ficar excitado e vai querer de toda forma entrar em casa e trocar tiros comigos. Eles adoram fazer isso, é divertido pra caramba.

6. Descobri que se o NAO ganhar, as armas de fogo vão imediatamente ficar 95% mais baratas e vai acabar a burocracia para a compra de uma. No dia seguinte à vitória do NÃO, qualquer pessoa (bandido ou não) vai poder ir numa loja de armas, comprar um 44 e oito caixas de munição, já vai sair armado e vai para o bar mais próximo para arrumar briga e me matar.

7. Descobri que delegados e policiais civis, militares e federais – que
são em sua quase totalidade favoráveis ao NAO – não entendem N-A-D-A de violência e criminalidade. Quem manja mesmo do assunto são atores, sociólogos e dirigentes de ONGs internacionais.

8. Descobri que estrangeiros que lideram ONGs como a Viva-Rio têm muita experiência no assunto. Afinal, todo mundo sabe que a situação social, econômica e de criminalidade da França, Inglaterra e Estados Unidos (que é de onde eles vêm) é IGUALZINHA à realidade do Brasil. Não tenho a menor dúvida de que as teorias que eles têm vão funcionar direitinho aqui.

9. Descobri que 90% dos casos de homicídios são cometidos pelos chamados cidadãos de bem. Claro que isso é só dos homicídios ESCLARECIDOS, que são de 95% dos casos. Mas pela lógica, os outros 5% dos homicídios, que não são esclarecidos, também deve ser causados pelos cidadãos de bem.

10. Descobri que o governo quer que a gente vote sim. E o governo sempre pensa no nosso bem. Afinal, todo mundo sabe que a qualidade da saúde pública, ensino público, segurança pública, e etc vem melhorando cada vez mais, dia a dia.

11. Descobri que se o SIM ganhar, não vão mais acontecer mortes banais. Maridos ciumentos só vão agredir as mulheres com travesseiros de penas de ganso, torcidas organizadas vão dar as mãos, facas e canivetes vão perder o fio, tijolos e paus vão ficar macios e os pitboys vão todos se converter ao budismo.

12. Descobri que o jovem é a principal vítima da arma de fogo. Claro que isso não tem nada a ver com o fato de o jovem ser o maior usuário de drogas, e nem o fato de que quase 100% dos envolvidos no tráfico de drogas têm menos de 30 anos (porque morrem ou são presos antes). Isso é só mera coincidência.

13. Descobri que todo mundo que tem arma de fogo é um suicida em potencial. E a única causa do suicídio é a arma de fogo, e não a falta de perspectivas, falta de um ideal, falta de um sonho a buscar ou então distúrbios mentais como a depressão.

14. Descobri que se algum bandido invadir a minha casa, basta eu ligar para o 190. A polícia sempre tem homens bem treinados, viaturas, armas e instrumentos de combate ao crime de ultima tecnologia e levará menos de 3 minutos para me atender.

15. Caso isso não aconteça, basta eu fazer o sinalzinho do “sou da paz” com as mãos e o ladrão vai saber que eu sou um sujeito legal, e então ele vai embora em paz sem levar nada e sem violência nenhuma. Eles sempre agem assim quando descobrem que você é da paz, e não um daqueles psicopatas malvados que são a favor do NÃO.

16. Caso o ladrão seja muito, mas muito malvadão, eu só preciso gritar por socorro. Em cinco segundos vão aparecer a Fernanda Montenegro, a Maitê Proença e o Felipe Dylon para me salvar e prender o bandido. Sem usar armas.
Êêêêêêêêêêê!!!

17. Se o SIM ganhar, o Brasil vai ser um país mais feliz. Que nem na novela!
Obaaaaaaa!

NÃO

O meu primeiro reflexo é dizer “não” ao desarmamento: cada um faz da sua vida o que quiser e a polícia e que cuide e prenda quem não presta.

Minha segunda análise me levou a acreditar no “sim” ao desarmamento: armas só servem para matar – devemos eliminá-las.

Minha posição final é “não” ao desarmamento: é utópico pensar que proibindo o cidadão de bem de ter armas, a violência será extinta. Os bandidos já estão armados. Não quero que eles tenham certeza que eu não estarei.

Por isso, fiz esse anúncio; por achar que muita gente pode ter os mesmos dilemas que eu. Quem for a favor do desarmamento, que não compre armas. Aliás, sabem quantas armas legais foram vendidas no último ano no Brasil? Um pouco mais de mil. Não é por culpa delas que o Brasil tem altos níveis de violência.

O mito dos prefixos

Que fique claro, de uma vez por todas.

1) Super-, semi-, sub-, hidro-, horti-, fruti-, auto-, re-, sob- (e mais um monte…) são prefixos, ou seja, palavrinhas usadas para iniciar um substantivo composto, como supermercado, hidroginástica, seminovos. Alguns desses substantivos levam hífen para separar o prefixo do radical (por exemplo “re-eleição”). Não existe uma regra lógica para saber quando de usa ou não hífen, portanto, vale a pena consultar uma gramática (tabelinha) sempre. Sabe-se que, os prefixos usados mais recentemente, como “radio-“, “tele-“, “micro-“, etc, não levam hífen. Ex.: telentrega, microondas, microcomputador, televisão, radiodifusão.

2) Os prefixos não existem se não estiverem atrelados a um radical (ou sufixo), como super+mercado, hidro+ginástica.

3) Só que, como as pessoas tendem a abreviar as palavras, acabam chamando o supermercado de “súper” e a hidroginástica de “hidro”. Devemos evitar isso ao máximo para preservar a língua portuguesa e o sentido das coisas. Pense bem: “hidro” quer dizer o quê? Uma coisa que tem a ver com água, mas está longe de significar “hidroginástica” (ginástica na água).

4) Às vezes, na propaganda, precisamos ser coloquias e falar a língua do público. Portanto, esses prefixos que só fariam sentido ao serem usados com um radical, passam a terem valor de substantivos ou adjetivos, conforme o caso, e acabam virando palavras usadas sozinhas. Para serem usadas como tal, elas caem nas regras de acentuação de qualquer palavra.

5) Portanto, “súper” é acentuado. Saiba por quê: são acentuadas todas as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ns) e todas as paroxítonas que não termianarem assim, desde que não tenham ditongos no final. Portanto, “súper” não acaba em a, e, o ou em (nem tem ditongo), é paroxítona e é acentuada. “Hidro” é paroxítona, mas termina em o. Portanto, não leva acento.

6) Ao procurar no dicionário, não se engane. Alguns trazem a opção prefixo com um tracinho depois, indicando que não a palavra não existe sozinha: “super-“. Assim, sem acento. Alguns, trazem a forma substantiva ou adjetiva deles “súper”. Aí, sim com acento.

7) Não acreditou em nada do que eu falei? Então, por que “rádio”, que é um prefixo originado do latim “radius” (radiação, radiocondução, radiocondução, radiotelefonia, radioativo…) é grafado com acento quando usado como substantivo? Sim, claro, “rádio” por si só, não poderia ser usado sem sufixo, mas é, substantivado, como “súper”. Segue as mesmas regras de acontuação de qualquer palavra.

Eu queria ser um azulzinho

Onde essa gente tirou carteira de motorista? Ninguém tem a mínima idéia das mais básicas leis de trânsito. Não tem coisa que me deixe mais irritado do que dirigir em Pelotas. As pessoas não sabem o que são duas pistas, faixa de segurança, dar passagem pela esquerda, dar pisca, estacionar com inteligência para não ocupar o lugar de dois. Imaginem se vão saber como funciona uma rótula – sim, a moda, agora, na cidade são as rótulas, que eu me lembre, são, no mínimo, umas 3 feitas em cerca de 2 anos. Mas eu explico aqui como entrar numa. Não importa de onde você venha, não há via preferencial. Por isso, há placas de “PARE” ou de “DÊ A PREFERÊNCIA”. Olhem meu desenho.

Imagine que você está entrando na rótula vindo de “A”. Deve, então, dar a preferência somente para quem vem da sua esquerda (D), até porque ninguém pode vir da direita. Mas tem uns idiotas que, por estarem transitando em uma via aparentemente mais “importante” (B) acham que não devem se preocupar com quem vem da esquerda (A). Vou dizer, se eu venho de “A” eu nem olho para “B”. Claro que fico com o pé do freio de prontidão e cuido de canto de olho, mas toco ficha.
Outro caso é na esquina da Félix da Cunha com Avenida Bento Gonçalves.

Se você vem pela Félix e pretende atravessar a Avenida para dobrar na Anchieta, à direita, você se posicionar à direita desde a Félix. Para não cortar ninguém. Cara, que raiva que me dá quando alguém me fecha vindo da esquerda para dobrar à direita da Anchieta. As duas pistas continuam existindo mesmo na curva. As pessoas mal conhecem pistas vão entender que na curva elas não se misturam.

Bom, nem vou falar do que é aquilo na entrada do Big. Além de ser confuso, as pessoas complicam muito mais.

Se lembram do desenho aquele do Pateta no trânsito? Me sinto assim, às vezes. É claro que meus motivos são menos competitivos e mais inconformados, mas eu fico possesso. Eu queria ser um azulzinho e ganhar comissão pelas multas. Ah, que maravilha! Ia até tirar fotografia para que ninguém pudesse recorrer. “Tá aqui, ó. Sinal vermelho! Vinte uma horas do dia tal. Como não era você? Só porque estava com essa loira no banco do carona não era você? Vá se explicar para a sua mulher, a multa tá dada.”

Por uma boa causa?

Eu não sei. Não sou e nunca fui petista. Mas sempre admirei a obstinação ideológica deles. Mesmo que eu não concordasse com ela. Esse escândalo todo me fez pensar em algumas coisas. Até o momento, pelo menos, o que parece é que nenhum membro do partido utilizou o “esquema” para tirar proveito financeiro próprio. A questão central era fortalecer suas idéias e seus projetos na câmara. Tenho a impressão que, ao tomar essa decisão, o PT pensou: “são todos uma corja; se é para serem corrompidos, que seja por um boa causa; a nossa causa.” Só que, aí, o PT se esquece de um detalhe, de que os fins não justificam os meios. E, pior, de que usar dinheiro público para isso é uma traição à nação e aos seus próprios princípios. E foi nessa mesma onda que a campanha para presidente se baseou, sendo extremamente populista, prometendo empregos que não existem nem existirão; falando o que o eleitor queria ouvir. O PT viu que para chegar lá, não havia outra forma senão a método comum, utilizado por todos há séculos: “minha causa é justa, não importa as ferramentas que eu use.” E é aí que entram todos os grandes vilões da história, acreditando na sua verdade e usando a mentira para alcançá-la. Heloísa Helena já sabia disso quando deixou o partido? Quem lá dentro do Planalto não sabia disso? Imaginem quantas situações semelhantes existem e ninguém comenta; acobertam, como quem diz: “ah, isso é assim mesmo”.