Coelho me levou para tomar café da manhã em uma padaria chamada Roma. Provável inspiração em “quem tem boca vai a Roma”.
Nada demais para relatar senão pela atendente simpática e engraçada. Mas vamos aos fatos. O café se serve de garrafas térmicas dispostas no buffet. Uma tem café preto, outra leite e a terceira chocolate quente. Servi café e leite. Pedi um misto de queijo e presunto (quase cometi “uma torrada, por favor”). Quando a atendente trouxe à mesa, pedi açúcar, sem saber que o café já estava adoçado na térmica (WTF?). Sorte que o Coelho havia provado e me alertou. Vale dizer que nosso sotaque gaúcho é tão denunciante quanto o deles, e a calanga, que já deveria estar me achando esquisito, provavelmente realizou que todos gaúchos tomavam café mais doce que doce de batata-doce.
Para anotar o consumo na comanda, olhou para dentro da minha xícara e perguntou: “é leite ou café?”. Imaginei que deveriam ter preços distintos, deduzi a impossibilidade de calcular o percentual de cada um na mistura e questionei: “vocês, aqui, não tomam café com leite?”. Ela surpreendeu na resposta: “Ô! Tem gente que toma até suco com chocolate quente!”
Acabei sem saber, afinal, quanto custa uma xícara meio café/meio leite, até porque o Coelho me fez uma cortesia. Acho que voltatei à Roma (com crase, pois trata-se da Padaria) para experimentar o suco com achocolatado.