Yesterday – The Beats

O mais perto dos Beatles que alguém pode chegar não é ir ao show de Paul McCartney, nem comprar um CD de Ringo, nem ter uma foto original autografada pelo Fab Four; não é visitando os túmulos de Lennon e Harisson ou os estúdios Abbey Road, nem ter toda sua discografia, incluindo os discos solos. Você não vai se sentir tão perto dos Beatles aprendendo a tocar todo seu repertório no violão ou mandando fazer uma fantasia de carnaval ao estilo Sgt. Peppers, nem usando um óculos igual ao do John. Se você comprar o livro Anthology, ler todas as biografias e assistir a todos os seus filmes, ter toda a memorabília disponível, nem mesmo assim você está se sentirá tão próximo dos rapazes de Liverpool quanto se for assisitir ao show do The Beats. Isso, por um simples motivo: pouca gente teve a oportunidade de ver os Beatles ao vivo, um privilégio sem igual. Quando se tem músicos extremamente competentes, caracterizados como os ídolos, interpretando com perfeição as canções, com as indumentárias e indumentárias de cada época, nada pode ser mais próximo da sensação de se estar na presença da maior banda de rock da história. É uma experiência real e emocionante, se você se permitir. A voz do intérprete de John é a mais parecida, de longe. Agora, quando em coro com a do de Paul, chega a ser assustador para quem tem medo de fantasmas.

O show dos argentinos The Beats que assisti ontem à noite é muito bem bolado. As únicas falhas dizem respeito à falta de cenários mais imponentes, às trocas dos mesmos e à qualidade dos vídeos, um pouco amadores e, certas vezes, longos demais. Coisa que a melhor banda Beatle do mundo, eleita em uma Beatles Convention, em Londres, poderia aprimorar. Outra curiosidade é que utilizam nos vídeos legenda e locução vertidas para o português. Porém parece que utilizaram a tradução automática do Google para fazê-lo. A parte mais engraçada é quando falam da trilha sonora do filme (se referindo ao Hard Day’s Night) dizendo “banda sonora da rodagem”.

Sentado a meu lado, na plateia, estava um menino de 3 anos. O sonho nunca vai acabar.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.